Entrevista com Afonso Simões: Um Estágio, um Desafio, um Futuro em Código

Afonso, conta-nos um pouco sobre ti. O que te levou a escolher a área das tecnologias?
Tenho 20 anos, nasci e vivo até hoje em Coimbra. Para além do meu passatempo principal, ligado à programação e ao desenvolvimento de software, tenho também outros hobbies, como praticar desporto e tocar guitarra.
A minha descoberta pela área das tecnologias começou durante o secundário, no curso de Ciências e Tecnologias, que escolhi por ainda não saber que carreira queria seguir. No verão antes do 12.º ano, experimentei um curso de Python que encontrei no YouTube e percebi que até gostava de programar. Durante esse verão fiz alguns projetos simples, como uma calculadora. Mais tarde, quando terminei o secundário, decidi inscrever-me no curso de Engenharia Informática para explorar mais a fundo esta área e tentar seguir uma carreira ligada à programação.
Qual é exatamente o curso que estás a tirar e o que mais te atrai nele?
Estou a terminar a licenciatura em Engenharia Informática, no ramo deDesenvolvimento de Aplicações. Para além de me ter dado uma base sólida para continuar a aprender novas tecnologias, o que mais gostei foi o conhecimento adquirido, especialmente no desenvolvimento de aplicações web completas, abordando todos os seus aspetos. Destaco também a forte componente de trabalho em equipa, pois realizámos muitos projetos em grupo.
Como foi estudar no ISEC e de que forma isso te ajudou a chegar até à moOngy e à team-it?
O ISEC deu-me bases muito sólidas para aprender e evoluir, e permitiu-me realizar vários projetos em grupo, o que desenvolveu bastante as minhas competências técnicas e colaborativas. Além disso, no último semestre do curso, temos a possibilidade de fazer um estágio curricular, o que facilita a transição para o mundo profissional. A proposta de estágio da team.it foi uma das que me chamou mais a atenção, por envolver desenvolvimento com tecnologias atuais e por ser um projeto Full Stack.
Estes quatro meses de estágio passaram a correr! Consegues resumir como se dividiram e o que fizeste em cada fase?
Dividiram-se em várias fases, sempre com o apoio do Ricardo Pinto, que foi o meu orientador. A primeira semana e meia foi dedicada ao estudo das tecnologias que ainda não conhecia. Depois, passei à fase de planeamento da aplicação e à criação de mockups simples para estruturar a interface. A terceira fase foi o desenvolvimento da aplicação, que ocupou a maior parte do tempo. Em paralelo, fui redigindo o relatório de estágio, sempre com a ajuda do Ricardo. Por fim, na última semana, preparei a apresentação final.
Qual foi o desafio lançado pelo moOngy Labs que deu origem ao projeto DataMorph?
O desafio era criar uma aplicação web capaz de transformar ficheiros CSV apenas com base em comandos em linguagem natural.
Como foi o processo de desenvolvimento? Que tecnologias usaste e como escolheste as ferramentas certas?
O desenvolvimento foi feito de forma contínua, com reuniões três vezes por semana para tirar dúvidas e mostrar o progresso. As tecnologias já estavam definidas quando o projeto me foi apresentado. Utilizei React com TypeScript para o frontend, .NET com C# e Flask com Python para o backend, GPT-4o-mini para a parte de IA, SQL Server como base de dados, Docker como ferramenta auxiliar e GitHub para controlo de versões.
Este estágio teve uma forte componente prática. Como é que o acompanhamento da equipa do Labs fez a diferença neste processo?
O acompanhamento foi feito exclusivamente pelo Ricardo Pinto. As nossas reuniões semanais (três vezes por semana, cerca de 30 minutos) foram essenciais para esclarecer dúvidas e manter o ritmo. A sua disponibilidade por mensagens e e-mail também foi fundamental para o meu desenvolvimento e para o sucesso do projeto.
O que nos podes contar sobre oDataMorph? Qual é o seu propósito e que tipo de aplicabilidade pode vir a ter?
O DataMorph é uma aplicação que permite transformar ficheiros CSV usando apenas linguagem natural. Pode ser muito útil, por exemplo, para profissionais de áreas como gestão, marketing ou recursos humanos, que precisam de manipular dados, mas não têm conhecimentos técnicos ou não querem depender de outras pessoas para o fazerem.
Defendeste a tua tese recentemente!Achas que esta experiência prática te deu uma vantagem no percurso académico e profissional?
Sim! Defendi o relatório de estágio na semana passada e tive uma nota de 19 em20. Acredito que esta experiência me dá uma grande vantagem, tanto pelo conhecimento prático que adquiri como pelo facto de ter um estágio de seis meses num projeto real no currículo logo ao terminar a licenciatura.
Agora que estás prestes a fechar este capítulo, já pensaste nos próximos passos da tua carreira? Há alguma tecnologia ou área onde gostasses de te especializar?
Agora que terminei esta fase, quero seguir uma carreira na área do desenvolvimento Full Stack. Ainda não defini uma tecnologia específica para me especializar, mas sei que quero continuar a aprender e a crescer nesta área. O próximo passo é mesmo encontrar uma oportunidade profissional onde possa aplicar e continuar a desenvolver o que aprendi.
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